Uma PedalADA pela América - Ahhh O Uruguai!!!!



Cruzar a fronteira foi uma sensação diferente. Era estranho, porque inicialmente não parecia que estava entrando em outro país, não fossem as placas que estava vendo.Na fronteira com o Uruguai pela cidade do Chuí é assim: de um lado da rua Brasil e do outro lado Uruguai.

Bem, eu e Andréa, minha amiga que me acompanhava desde Rio Grande, fomos tentar trocar dinheiro para seguir viagem. Neste momento, encontramos outros dois ciclistas que vinham de Brasília. Vê se pode, saíram de Brasília no mesmo dia que eu saí de Floripa e já estavam no Chuí. Pedalavam muito todos os dias. No dia anterior havia sido mais de 200km (cruzaram de Rio Grande ao Chuí numa tacada só). O site deles é: www.naestradadebike.com .

Bom, seguimos juntos até o Uruguai, passamos juntos pelo Forte de Santa Tereza, que é lindo e de lá os dois seguiram (iam, claro, num ritmo bem mais rápido que eu e Andréa) e nós duas fomos visitar o parque de Santa Tereza, que também é lindo, antes de seguir para Punta Del Diablo.

Punta Del Diablo foi a primeira linda cidade a conhecer, me encantei por essa cidade de jeito simples, com praias lindas. Ficamos aqui um dia pra descansar, dia que aproveitei pra dar uma geral na bike, pra então seguirmos pedalando.



Fiquei encantada com as praias daqui. O Rio Grande do Sul, com exceção de Torres, tem praias de água cor marrom e aqui, do ladinho do Brasil, a água era incrivelmente azul. Não conseguia entender como podia isso, ser tão perto e tão diferente.

Depois de um dia de folga seguimos rumo a outro paraíso, Cabo Polônio.

Muita gente já havia falado que eu ia amar esse lugar e realmente é um lugar apaixonante. E penso, que indo em outra época, pode ser ainda mais. Chegamos lá numa quinta-feira e no sábado começava o carnaval, então já estava um pouco cheio e com os valores já de carnaval (tudo mais caro que o normal). Mas é um povoado muito lindo. Na verdade é um parque nacional, creio que é pros uruguaios como é pra gente Fernando de Noronha. Só se pode chegar num caminhão tipo jardineira, que sai da entrada do parque, e não pode nem levar a bike (tivemos que deixá-las, com a cara e a coragem, trancadas na entrada do parque).

A magia de Cabo Polônio está principalmente por não ter energia elétrica. Lá tudo funciona com gerador e a noite se pode ver as estrelas como em pouco lugares. Se pode ver perfeitamente a via láctea... é realmente lindo. Durante o dia a vila é um charme, as praias são bonitas, tem até uma praia de nudismo (pena que só descobri quando estava indo embora rss). Há, a vista do farol é muito bonita também e de lá se pode ver os leões e lobos marinhos tomando sol nas pedras.

Passamos duas noites em Cabo Polônio, não fosse carnaval, eu realmente ficaria mais uns dias aí, mas foi até bom, porque assim pude conhecer outro lugar que me encantou muito no Uruguai... Barra de Valizas...

Bom, no sábado saímos cedo de Cabo Polônio, pudemos admirar o sol nascer enquanto esperávamos o nosso caminhão. Há, aqui creio que é um dos poucos lugares onde se pode ver o nascer e o por do sol no mar...porque como forma uma ponta, de um lado se vê o sol nascer e do outro o por do sol, ambos muito muito lindos.




Este seria um dia daqueles difíceis, a Andréa seguiria de volta ao Chuí e eu ficaria em Valizas por uns dias. Eu nem queria pensar que dali a alguns minutos estaria só de novo, e parece que a Andréa também não queria pensar nisso.

Arrumamos as coisas na bike, tomamos café e seguimos. Eram nossos últimos 10km juntas (nesta parte da viagem, claro!) Voltamos na mesma estrada que passamos anteriormente, eu ficaria na entrada de Valizas e ela seguiria de volta ao Chuí. 

Chegando ao trevo, uma olha pra outra e meio que sem querer dar tchau, conversa de outra coisa até que finalmente despedimos. Ainda tiramos fotos e sem querer olhar pra trás disse tchau...fui forte (na frente dela) porque foi só começar a estradinha de terra que teria que seguir pra que as lágrimas caíssem...

Andréa, sou muito grata por sua companhia nestes dias lindos de sol...Como você mesma disse todos os dias foram lindos, e realmente foram. Gratidão por sua disponibilidade de vir até aqui, de me aguentar esses dias todos, enfim, por compartilhar comigo momentos tão bons. Sua presença foi muito importante nesta parte da viagem, me ajudou a ser mais forte, a entender melhor como seria tudo... Gratidão imensa...e que você possa vir pedalar comigo em outros momentos da viagem, afinal de contas, férias é o que você mais tem nessa vida :)



Segui então rumo a cidade pela qual me apaixonaria em instantes. Barra de Valizas é um lugar que parece mágico. Muito muito simples, casas simples, ruas de terra, pessoas simples. Tudo que buscava e precisava para passar meu carnaval. 

Cheguei e fui buscar abrigo, precisava de um lugar barato, precisava me recuperar dos gastos dos últimos dias...olhei um camping, depois um hostel padrão hotel 5 estrelas rss, e depois o lugar que haviam me recomendado em Rio Grande, Hostel De Ja Vu.

Cheguei e de cara gostei do lugar, hostel simples, bem roots, mas limpo, organizado, tudo feito pelo dono com muito carinho. Perguntei ao Facundo (o dono) o valor, ele respondeu...bom, era um pouco caro pra mim naquele momento, então eu disse a ele que ia ver outros lugares, mas que tinha realmente gostado muito dali.

Ele me olhou, perguntou meu nome, eu disse Ada. Ele então disse: “há como uma hada madrina (fada madrinha)?”, eu disse que sim. Trocamos algumas conversas e ele disse: “ pode ficar, vai pagar a metade do valor da estadia”. Eu não pensei duas vezes e já fui me instalar.

Só posso dizer que ia ficar 2 dias, fiquei 4, e hoje bate um arrependimento de não ter ficado mais. Conheci ali pessoas muito lindas o Facundo, a Laura, uma italiana que caiu no mundo e já estava em Valizas há dois meses e o Julian, um músico, que parecia um duende de verdade, com um olhar puro e palavras sempre muito lindas pra fazer qualquer dia melhor.




Com eles passei ali dias lindos, descansei muito, li meu primeiro livro em espanhol (El Principito), enfim, foi um lugar que me senti em casa e que tive vontade de estar com meus amigos, pois sei que eles amariam estar ali também, mas tenho certeza que um dia voltarei.

Quando fui embora, mais uma vez não foi fácil despedir. As lágrimas de novo correram. Abracei forte o Facundo e depois o Julian (a Laura tava dormindo). O Facundo disse que ia fazer heike a distância em mim pra que muita luz e boas pessoas surjam em meu caminho e realmente até agora tá sendo muito lindo tudo. Despedidas feitas e seguimos de novo eu e Branquinha...



Bom, saí de Valizas porque realmente precisava seguir, mas tive certeza que este foi o pedacinho do Uruguai que mais me encantou, e realmente foi...sinto muita saudade a cada foto que olho desse lugar mais que especial.




E sempre que ouvir esta música vou lembrar de Valizas...do hostel...das pessoas...

Depois das despedidas segui rumo a La Paloma, no caminho encontrei o 8º cicloviajante pelo caminho, dei uma passada em La Pedreira pra conhecer, lugar que também é muito lindo e segui pra La Paloma.

Chegando em La Paloma não me senti acolhida, fui num hostel e fui mal tratada pela dona, depois disso fiquei meio chateada, fui comer algo e pensava em até voltar a La Pedreira para passar a noite. Bem, no fim das contas me hospedei num camping ali mesmo em La Paloma. Durante a noite choveu e pela manhã, por sorte não chovia mais, consegui guardar as coisas pra seguir viagem...até Punta Del Leste, e seria um longo caminho, mais de 100km até la.

Não sai tão cedo de La Paloma, quando acampo não consigo ser muito rápida pra organizar as coisas. E saindo de lá nos primeiros km de estrada já vi que o relevo mudou. Eram muitas subidas e descidas, coisa que até então não havia visto no Uruguai. Pedalei uns 60 km até que entrei por uma estrada de terra, ia sentido a José Ignácio pela ruta 10. Não sabia, mas seriam como que 40 km de estrada de terra, e uma estradinha tranquila, mas cheia de costelinhas de vaca. Gosto da tranquilidade das pequenas estradas e seria realmente lindo esta, pois ia seguindo bem ao lado do mar...não fosse a chuva que peguei assim que entrei nesta estrada, e o frio, e a neblina e ainda o vento contra, tudo seria lindo...rss Há e tudo isso pra me presentear pelos meus 1 mês de viagem. E que presente!!!



Foi um duro caminho até chegar a Punta Del Leste, nos últimos km, depois de José Ignácio, a estrada já estava asfaltada, mas o cansaço era muito. Em La Barra a quantidade imensa de carros me deixou estressada, estava vivendo um mundo longe de tudo isso, e chegar assim a uma cidade grande me deixou um pouco triste, precisa me acostumar a isso tudo de novo.

Ao cruzar uma ponte na divisa entre La Barra e Punta Del Leste, tinha a opção de seguir até Maldonado, onde teria lugar pra ficar, mas passei em frente a um lindo camping, eram mais de oito da noite, então não pensei duas vezes e resolvi ficar por alí mesmo. E foi a escolha certa.

Encontrei muitos brasileiros neste camping, entrei em contato com as meninas que iam me hospedar em Maldonado, dizendo que ia somente no dia seguinte e fiquei tranquila por ali.

No dia seguinte, organizei as coisa e saí pra conhecer a famosa Punta Del Leste. Bem, a cidade tem suas belezas naturais, mas confesso que não me encantei por ela...uma cidade construída pro turismo, e pra um tipo de turismo que não era o que eu buscava, o turismo comercial, voltado exclusivamente ao consumo...bem, tentei aproveitar a cidade de alguma forma, caminhei bastante por alguns lugares, visitei a famosa escultura dos dedos enterrados na areia (e descobri o porque da escultura...que foi construída num lugar da praia em que muitas pessoas morriam e, então, representa como que os dedos fora da água tentando pedir ajuda … bom algo assim...) e então voltei ao camping para pegar as coisas e seguir para Maldonado pra uma casa onde passaria as próximas duas noites.




Maldonado eu gostei bem mais, tem cara de cidade de verdade, com gente vivendo uma vida normal. A casa das meninas era linda. Tefi e Camila recebem muitos muitos viajantes e sua casa vive sempre cheia de gente. Nos dias que passei por lá tinham como que 7 viajantes, muitos brasileiros e gente de outras partes também.



Bom, fiquei dois dias aqui esperando do Diego chegar! O Diego é o meu amigo que conheci em Brasília e que fiquei em sua casa por uma semana em Rio Grande...bom, ficaríamos juntos por uma semana, desfrutando de bons dias de sol no Uruguai.

Assim que ele chegou, no domingo, seguimos pra Piriápolis e ficamos hospedados num camping em uma praia chamada Las Flores. O lugar é igualmente lindo e a praia muito tranquila...passamos dias muito bons ali, numa tranquilidade que realmente não dava vontade de deixar.

Depois seguimos rumo a outra cidade litorânea, já bem perto de Montevidéu, chamada Atlântida. Essa cidade já não tinha a mesma tranquilidade de Piriápolis. Não foi fácil encontrar um camping, e o que encontramos, não era tão barato e ainda ficava longe do centro da cidade e também não parecia tão seguro.

Resolvemos que no dia seguinte íamos para um hotel, sim, era caro, mas valia pagar por este conforto neste momento. E assim fizemos, no dia seguinte buscamos um hotel e descansamos tranquilamente mais um dia em Atlântida. Apreciamos um lindo por do sol...

No outro dia seguimos rumo a capital, estava feliz por ter a companhia do Diego, por ter uma pessoa pra me acompanhar quando estava chegando a primeira grande cidade da viagem e principalmente pelos lindos dias de sol que passamos juntos. Mas também estava triste, porque de novo, ia encarar outra despedida e, enfim, não sou boa pra estas coisas.

Já tínhamos onde ficar em Montevidéu e chegamos e fomos direto buscar o hostel. Chegar foi relativamente tranquilo, tinha o caminho no GPS, apesar de não saber se foi o caminho mais curto.

Chegamos, organizamos as coisas e depois saímos pra passear. Fomos também comprar a passagem do Diego pra ele voltar pro Brasil, e infelizmente não havia mais disponibilidade no ônibus a noite, então ele teria que voltar no sábado cedinho...um dia a menos...ficamos tristes por isso, mas não havia outra alternativa. Ele tinha que voltar a tempo de trabalhar no domingo.

Cuidamos de aproveitar o resto do dia e no dia seguinte segui com ele para a rodoviária. Bem, de novo, não foi fácil despedir. O Diego é uma pessoa muito especial, que cruzou meu caminho em Brasília, há quase um ano, e que desde então faz parte da minha vida. 

Sei que as pessoas não cruzam nosso caminho por acaso, e ter conhecido o Diego me fez muito bem, e mais ainda poder compartilhar tantos momentos bacanas...nos despedimos na certeza de que um dia nos reencontraremos, e de novo as lágrimas tomaram conta de mim...mas precisava seguir meu caminho...



Neste mesmo dia na rodoviária conheci mais três cicloviajantes, a Maria, sua amiga e o Alê. As meninas saíram de Floripa e foram até Montevidéu e o Alê já viajava fazia um tempo pela América. Conversamos um pouco e segui meu caminho e eles o deles.

Acabei ficando 4 dias em Montevidéu, aproveitei pra conhecer bem a cidade, conheci muita gente bacana no hostel em que estava hospedada e foram dias bem divertidos. 

Montevidéu é uma cidade bem tranquila, a parte mais antiga me fez lembrar muito de Cuba, parece uma cidade perdida no tempo. O por do sol na rambla também é apaixonante, e num dia desses, que saí pra apreciar o por do sol, conheci outro ciclista, o Eriston, brasileiro que ia iniciar seu pedal em Montevidéu até Buenos Aires e depois seguiria de Mendonça até o Chile.

Conversamos um bocado, trocamos contatos e segui de volta ao hostel. Precisava organizar as coisas, pois partiria no dia seguinte.

A posse do novo presidente do Uruguai




Em Montevidéu aconteceu algo bem interessante, justamente em um dia que estava por lá aconteceu a troca dos presidentes. O tão famoso José "Pepe" Mujica estava deixando o posto e passando ao atual presidente Tabaré Vasquez.

Foi um dia histórico o dia 01-03-2015. Mujica foi um presidente que promoveu algumas mudanças importantes no Uruguai, como a legalização do uso da maconha, o casamento de pessoas do mesmo sexo, apoiou a legalização do aborto e vive com simplicidade, sem receber o salário por seu cargo de presidente.

Neste dia os uruguaios foram às ruas e aclamavam o presidente Mujica. Todos com rostos pintados, bandeiras, muita gente, mas muita tranquilidade. Nada de confusão nas ruas.
E na cerimônia de troca foi algo realmente emocionante, poder ver de perto toda gente se despedindo dele de forma tão calorosa, algo realmente memorável. Um momento histórico que, por sorte, pude participar.


Momento emocionante e histórico...

Bem, de Montevidéu segui rumo a Colonia Del Sacramento. Seriam meus últimos km de Uruguai. E os faria em dois dias. Saindo de Montevidéu o dia estava perfeito pra pedalar, sem muito sol, um tempo ótimo. A saída de grande cidade é algo que não é tão simples, mas em umas duas horas consegui deixar o grande centro.

Pedalei bem por uns 80 km até que o tempo mudou drasticamente, e uma tormenta se formava. Tormenta aqui é um pouco diferente do Brasil. É uma chuva forte, muito forte. Assim que começou a cair umas gotas de chuva botei a roupa apropriada e tentei seguir. Mas de repente o tempo mudou severamente e a chuva e o vento não me deixavam pedalar.

Busquei um abrigo, mas não havia nada na rodovia, até que avistei uma casa abandonada ao lado da pista. Segui pra um abrigo que havia e agradeci imensamente aos céus por ter encontrado abrigo. Chovia tanto que não pensava que ia parar e pensava que teria que passar a noite ali. Ainda bem que tinha comida e água suficientes pra passar a noite se fosse necessário.

Mas depois de algum tempo, creio que uma hora, a chuva diminuiu e consegui seguir. Fui tranquila, precisava chegar numa cidade que ficava há 30 km dali. No caminho encontrei o um brasileiro, o Erivelto Flávio,  de Aracruz,  uma cidade do Espírito Santo.

A bike dele estava estacionada em uma parada de ônibus na beira da estrada. Fiquei olhando pra ver se avistava o dono, até que ele saiu de uma vendinha correndo e gritando....rss... parei, conversamos e resolvemos seguir juntos até a próxima cidade.

Em Colônia Suíza resolvemos procurar pelos bombeiros para pedir abrigo. Seria a minha primeira experiencia com eles. E de cara nos aceitaram e ainda nos deram uma habitação quentinha pra passar a noite. Fizeram ainda uma pizza deliciosa e ainda assistimos a uma partida do Campeonato Libertadores, Cruzeiro e outro time que não me recordo...rss...

Dia seguinte, não muito cedo, pegamos estrada até Colonia Del Sacramento. Agora sim meus últimos km de Uruguai. Fomos bem tranquilos, conversamos muito e já no fim da tarde chegamos ao nosso destino.

Em Colonia eu tinha lugar pra dormir, numa casa de uma linda menina do Warmshowers. Mas o meu amigo não. Fomos então tentar nos bombeiros, sem sucesso, depois em um lugar da prefeitura, também sem sucesso, até que encontramos um conhecido dele que estava com uma galera acampando na beira do rio. Ele disse que ficaria com eles, então fiquei tranquila que ele tinha companhia pra passar a noite.

Fomos ainda tomar uma cerveja pra comemorar nossa chegada e depois segui pra casa da Yanina. Bem, essas pessoas são sempre lindas. Ela me recebeu super bem, conheci também seu namorado e me senti super a vontade em sua casa.

No dia seguinte cuidei da Branquinha e pela tarde saí pra passear. A cidade é realmente encantadora. Parece meio que Parati ou Ouro Preto. Partes bem históricas, muito linda. Fui comprar minha passagem pra atravessar em um barco até Buenos Aires e encontrei de novo o Eriston, aquele cicloviajante que conheci em Montevidéu.

Conversamos um bocado e acabamos comprando a passagem pro mesmo horário no dia seguinte. Naquele dia ainda a Yanina me levou pra conhecer sua família e pessoas super legais em uma aula de tango. Conheci aí também o Marcelo, outro cicloviajante.

Dia seguinte pela manhã aproveitei pra passear mais um pouco pela cidade, depois fui almoçar com o Marcelo e com a Yanina e de tarde finalmente ia cruzar rumo a outro país.

Despedi da Yanina e agradeci pelos lindos dias que passamos juntas. Espero que ela possa um dia visitar-me no Brasil e quem sabe pedalarmos juntas.




Não sei porque, mas desde sempre pensava que ia gostar muito do Uruguai e realmente, me encantei por suas paisagens e por sua gente também. Por isso, sempre pensava em passar pelo Uruguai sem pressa, podendo aproveitar cada minuto ... e foi mais ou menos isso que fiz. Fiquei quase que um mês aqui, pedalei pouco neste país, também o país é bem curtinho, mas aproveitei muito das coisas que ele pode nos oferecer. Segui sentindo saudades, mas muito feliz por todos os momentos vividos aí...

Até um dia Uruguai!!!!






"Cruzar la frontera, ya no es el mismo..."
Música de meninos lindos, uruguaios, : Trio al Aire




Resumo da viagem:

Dia 23 Chuí a Punta del Diablo =>  50 km - Hostel El Diablo
Dia 24 Punta del Diablo => Dia de folga
Dia 25 Punta del Diablo a Cabo Polonio =>  62 km - Hostel lo de Marcelo
Dia 26 Cabo Polonio = > Dia de folga
Dia 27 Cabo Polonio a Valizas => 12 km - Hostel De Javu
Dia 28 Valizas => Dia de Folga
Dia 29 Valizas => Dia de Folga
Dia 30 Valizas => Dia de Folga
Dia 31 Valizas a La Paloma => 68 km - Camping não lembro o nome
Dia 32 La Paloma a Punta del Leste => 112 km - Camping San Rafael
Dia 33 Punta Del Leste a Maldonado =>  14 km - Casa Warmshowers
Dia 34 Maldonado => Dia de Folga
Dia 35 Maldonado => Dia de Folga
Dia 36 Punta Del Leste a Piriápolis (Praia Las Flores) => 53 km - Camping Edém
Dia 37 Praia Las Flores  => Dia de Folga
Dia 38 Praia Las Flores  => Dia de Folga
Dia 39 Praia Las Flores  a Atlantida => 53km - Camping
Dia 40 Atlantida => Hotel
Dia 41 Atlantida  a Montevidéu =>60km -  Hostel Brothers
Dia 42 Montevidéu  => Dia de Folga
Dia 43 Montevidéu  => Dia de Folga
Dia 44 Montevidéu  => Dia de Folga
Dia 45 Montevidéu a Nueva Elvécia => 125km - Bombeiros Voluntários
Dia 46 Nueva Elvécia a Colonia Del Sacramento => 68km - Casa Warmshowers
Dia 47 Colonia Del Sacramento => Dia de Folga
Dia 48 Colonia Del Sacramento a Buenos Aires = > 4 km



Distância total percorrida no Brasil (contando apenas as distâncias entre as cidades, porque de km pedalados do odômetro é bem maior, já que dentro da cidade existe o deslocamento também) => 1026 km

Distância total percorrida no Uruguai (contando apenas as distâncias entre as cidades, porque de km pedalados do odômetro é bem maior, já que dentro da cidade existe o deslocamento também) => 630 km

Distância Total Percorrida: 1656 km



(P.S: quem tiver interesse em saber dos percursos no GPS pode consltar aqui no Strava :) acho que fica mais fácil assim )

    Mais fotos deste trecho da viagem em aqui!!!


      Gostou da ideia, quer saber mais e principalmente fazer parte dessa ideia maluca? 

      Vem aqui e veja como pode colaborar!!! :)


      Quer saber das outras pedalADAs? Veja aqui no mapa !

      Bons pedais pessoal e até as próximas!!!







      Comentários

      1. Uruguai é tudo de bom...grato Ada por compartilhar mais uma parte de sua linda viagem.Estarei aguardando ansioso as histórias vivenciadas na Argentina

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        1. Me apaixonei pelo Uruguai Sander...em breve mais histórias...Saudades!!!!

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        2. Me apaixonei pelo Uruguai Sander...em breve mais histórias...Saudades!!!!

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      2. Caramba, Ada, que máximo!!

        O Uruguai parece muito bom, muito legal!!

        E lendo o seu relato, acho tão incrível que a gente "sinta" o mundo de forma tão parecida!! Estamos tentando fugir dessa rotina de consumo, dessa loucura de cidades artificiais!!

        Que delícia!

        Aproveite cada segundo!!

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        1. Oi Tati...tô torcendo pra vcs me encontrarem mesmo em alguma parte do caminho...Beijos!!!!

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      3. Ada e Uruguay, lindos! Que alegria senti lendo seu relato por lá. Dale!

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        1. Madruguitaaaaa...faltou vc ir me encontrar... :( tenho certeza que ia gostar!!! Bjo e saudade!!!

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      4. Erivelto....meu amigo de anos...❤

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      5. Que legal Karina,
        você tem notícias dele??
        Abraços!!!

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      6. Oi Ada, amei seu relato sobre o Uruguai. Tira-me uma dúvida, para passar pela fronteira do Brasil com Uruguai eles exigem comprovação de renda ou algo semelhante para ficar certo tempo, ou somente comprovar que a bike é da pessoa e um documento com foto.

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        1. Oi Vitor,

          essa fronteira foi super tranquila. Eu só levei o passaporte mesmo e eles me deram visto de turista. Mas vc pode entrar com documento de identidade. Sei também que hoje os brasileiros podem pedir um visto de residência permanente no Uruguai. Veja no site da embaixada deles que tem todas as informações. Mas quando passei, nem documento da bike pediram...E pra pedalar o Uruguai é muito lindo!!!!

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